Quando o
astro do dia desmaia
Só brilhando
com pálido lume,
E que a onda
que brinca na praia
No murmúrio
soletra um queixume;
Quando a
brisa da tarde respira
O perfume das
rosas do prado,
E que a fonte
do vale suspira
Como o nauta
da pátria afastado;
Quando o
bronze da torre da aldeia
Seus gemidos
aos ecos enviam,
E que o peito
que em mágoas anseia
Bebe louco
essa grave harmonia;
Quando a
terra, da vida cansada,
Adormece num
leito de flores
Qual donzela
formosa embalada
Pelos cantos
dos seus trovadores;
Eu de pé
sobre as rochas erguidas
Sinto o
pranto que manso desliza
E repito
essas queixas sentidas
Que murmuram
as ondas com a brisa.
É então que a
minha alma dormente
Duma vaga
tristeza se inunda,
E que um
rosto formoso, inocente,
Me desperta
saudade profunda.
Muito criativa a imagem (gif).
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